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Sissoco lamenta detenção de procurador apanhado com droga

Lusa
27 de abril de 2024

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou hoje a detenção em Portugal de um procurador da República alegadamente apanhado com droga: "caso é tratado entre as magistraturas dos dois países", disse ele.

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Guinea-Bissau | Umaro Sissoco Embaló | Archivbild
Foto: Phill Magakoe/AFP

Em declarações aos jornalistas à chegada à Bissau vindo de Portugal onde assistiu às comemorações do50º aniversário do 25 de Abril, Sissoco Embalo comentou a detenção no aeroporto de Lisboa do procurador, Eduardo Mancanha, no passado dia 21, alegadamente na posse de haxixe.

"Lamento que tenha sido um magistrado a cair nesta situação. Quem deve julgar não pode cair nisso, mas como sabem o Presidente não julga, mas fiquei reconfortado com o comunicado do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público sobre o assunto", notou Embalo.

O Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público deliberou a suspensão de Eduardo Mancanha, que se encontrava de licença para doutoramento em Portugal, e ainda ordenou a que seja instaurado um processo disciplinar.

O Presidente guineense afirmou que o caso "está a ter alarido" na Guiné-Bissau "mais do que em Portugal", onde, disse, o procurador detido está a ter um tratamento "que coaduna com o seu estatuto".

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"Não é nada de outro mundo"

"Não é nada de outro mundo, muitos países do mundo tiveram magistrados que se envolveram numa coisa dessa", precisou Sissoco Embalo, realçando que não faz "claque" quando está em causa a imagem da Guiné-Bissau.

Embalo sublinhou que o caso está a ser tratado entre as magistraturas de Portugal e da Guiné-Bissau e aproveitou para lembrar que recentemente num país vizinho "foi apanhado um barco de droga, mas sem alarido", frisou.

Sobre o facto de um grupo de cidadãos guineenses se terem manifestado contra a sua presença nas comemorações do 25 de Abril, Sissoco Embalo disse que não se preocupa com isso e que o seu foco é a Guiné-Bissau.

Entre outros adjetivos, o grupo chamou Embalo de ditador.

"Eu não sou ditador, sou disciplinador. Eu me preocupo com pessoas falhadas. Eu me preocupo apenas com o povo da Guiné-Bissau a quem devolvi a autoestima. O meu foco é fazer o Estado da Guiné-Bissau ser respeitado", sublinhou Embalo.

A propósito, anunciou que no próximo dia 01 de maio vai assistir às comemorações do 50º aniversário da antiga prisão colonial de Tarrafal, em Cabo Verde, e no dia 30, receberá em Bissau, o novo Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye.

 

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